Slide # 2
Slide # 3
Slide # 3
Slide # 3
Slide # 3
Slide # 3

segunda-feira, junho 07, 2021

CERCA DE 200 FAMÍLIAS OCUPAM ANTIGO PRÉDIO DA EMBASA NA AV. SETE DE SETEMBRO



Com moradia sob ameaça, cerca de 200 famílias decidiram ocupar o prédio onde ficava a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), na Av. Sete de Setembro, em Salvador. A ocupação, realizada na madrugada desta segunda-feira (7), foi organizada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e batizada de Ocupação Carlos Marighella, em homenagem ao guerrilheiro comunista baiano.

O coordenador do movimento, Gregório Motta, comentou com o Bahia Notícias a situação dos novos moradores do prédio. "São famílias que moravam de favor, de aluguel, na região de Centro, e que já não tem mais condição de pagar. Várias famílias foram recentemente despejadas porque a situação está insustentável", ressaltou, acrescentando ainda o caso das pessoas que deixaram de receber o auxílio emergencial neste ano.


Com isso, o intuito é promover uma moradia para essas famílias e também dar uma função social ao espaço público que eles estimam estar há mais de seis anos abandonado. No passado, o edifício abrigou o Centro Educacional Magalhães Neto e agora voltará a sediar uma unidade de ensino.


Os ocupantes já começaram a limpeza do primeiro andar, onde vão instalar a Creche Selma de Jesus Batista, batizada em homenagem a uma militante do grupo que faleceu no ano passado. "No momento, nossa prioridade é a creche e iniciar a alfabetização para os moradores, mas o objetivo é abrir um [cursinho] vestibular universitário", comenta Motta.


Apesar de encontrar o imóvel abandonado, ele afirma que o espaço está em boas condições estruturais. Além disso, o grupo ressalta que nada foi danificado com a instalação.


Ainda assim, o coordenador conta que viaturas da polícia já os abordaram cinco vezes ao longo desta manhã. "Uma primeira viatura, um pouco ostensiva, veio dizendo que a gente podia ser levado, mas quando viram os advogados do movimento, que é um movimento organizado, acabaram recuando", pontuou. Depois disso, as abordagens seguintes foram pacíficas.


Mas se a força policial do estado tem marcado presença na ocupação, o MLB não pode dizer o mesmo das entidades sociais que, até então, não foram ao local. O Bahia Notícias procurou a assessoria de comunicação do governo do estado para saber se eles acompanham a ocupação e recebeu uma nota. No texto, a empresa diz que registrou boletim de ocorrência contra a invasão e vai buscar "as medidas legais cabíveis" para ter a reintegração de posse do imóvel.


Fonte; Bahia Noticias